O Tribunal de Justiça do Rio iniciou nesta segunda-feira, dia 5, seu primeiro curso de Mediação Escolar. Com duração de uma semana, o curso é ministrado na Escola de Administração Judiciária (Esaj) e tem como participantes professores do Colégio de São Bento e funcionários da Vara da Infância e Juventude da Capital, da Prefeitura do Rio e da Secretaria Municipal de Educação de Petrópolis.
Na abertura do curso, que contou com a presença do reitor do Colégio de São Bento, Dom Miguel da Silva Vieira, a desembargadora Marilene Melo Alves, membro da Comissão de Articulação de Projetos Especiais para Promoção à Justiça e à Cidadania (Coape), destacou a importância da mediação no âmbito escolar a fim de resolver os conflitos dentro e fora da sala de aula.
“A importância da mediação pode ser situada em três características no mundo de hoje: isolamento, impaciência e a falta de instâncias conciliadoras. Hoje em dia, ninguém tem tempo para nada e esta correria resulta numa impaciência em ouvir o outro. Além disso, as autoridades para ouvir e aconselhar foram desaparecendo”, lembrou a magistrada.
A desembargadora também acrescentou que é preciso criar um espaço de acolhimento, que pode ser um colégio ou um juizado, para que esses três fatores sejam afastados. “A idéia é que nesses espaços seja possível criar ou restaurar a capacidade de diálogo entre as pessoas que estão desentendidas. Voltar a se entender é o primeiro passo para fazer com que o conflito se resolva”, disse.
O desenvolvimento do curso, de acordo com a desembargadora, se dará da seguinte forma: primeiro, será realizado um treinamento das ferramentas usadas na mediação; depois, haverá um acompanhamento, com a equipe do TJRJ dando o aporte necessário, sem intervir diretamente; e, por fim, será feita a supervisão. “Após esta primeira etapa, será feito um trabalho especial também com os alunos com a ajuda de profissionais da Argentina, país que possui um desenvolvimento muito amplo do assunto”, contou.
do site do TJRJ
Um comentário:
Gostaria de ver uma colaboração com os Profissionais da Educação das Escolas Públicas. Seria interessante e de inestimável valor social que esses Profissionais também pudessem ter acesso a tal formação.
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