Uma reviravolta em um caso de estupro coletivo na Suécia teve grande repercussão na mídia e nas redes sociais do país. Na sexta-feira 27, a Corte de Apelações local (Svea hovrätt) reverteu decisão de junho e livrou seis adolescentes da condenação por estupro coletivo de uma garota de 15 anos.
A alegação foi de que, embora ela estivesse em condição vulnerável, não havia provas o suficiente para dizer que ela estava ‘completamente indefesa’ no momento do ataque, informaram jornais locais.
O crime teria ocorrido em março, durante uma festa no bairro de Tensta, subúrbio de Estocolmo, conhecido por abrigar uma grande comunidade de imigrantes magrebinos e árabes. Na ocasião, os adolescentes tiraram a garota da festa e a levaram para um apartamento, onde a teriam estuprado.
A lei sueca sobre estupro foi modificada em julho deste ano, para trocar o termo ‘virtualmente indefesa’ por ‘em situação vulnerável’. No entanto, como o caso que estava sendo julgado e a condenação ocorreram antes da mudança da lei, a corte decidiu utilizar as definições anteriores.
Os juízes entenderam que a garota estaria ‘virtualmente indefesa’ apenas se estivesse inconsciente, excessivamente alcoolizada ou tivesse sofrido agressão física.
Nesta quarta-feira, 2, integrantes do grupo Femen protestaram de topless em frente à Corte de Apelações, no centro de Estocolmo, contra a decisão dos juízes. “É hilário que eles estejam soltando estupradores. Espero que essa garota veja que não está sozinha e que praticamente toda a Suécia está com ela”, disse uma das ativistas que se identificou apenas como Sara ao jornal The Local.
do site Estadão
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